Uma pesquisa que foi divulgada pela consultoria PwC aponta que os pagamentos digitais devem aumentar em cerca de 80% até o ano de 2025, os pagamentos digitais devem aumentar. Assim, com as transações passando de cerca de US$ 1 trilhão para quase US$ 1,9 trilhão por ano. Até 2030, o total deve quase triplicar.
Segundo a pesquisa, a região Ásia-Pacífico terá o crescimento mais rápido, com o volume de transações sem dinheiro em espécie aumentando 109% até 2025 e 76% até 2030.
Após isso, estão a África,com 78% e 64%; Europa com 64% e 39%, respectivamente.
Logo depois vem a América Latina com 52% e 48%. Já os EUA e o Canadá terão o crescimento mais lento, com 43% e 35%.
Sendo assim,até 2030 o número de transações per capita sem dinheiro em espécie será aproximadamente o dobro ou o triplo do nível atual em todas as regiões pesquisadas
Macrotendências para o futuro
Além da projeção desse crescimento, foram apontadas algumas tendências que devem mudar o futuro dos pagamentos globalmente e que são influenciadas por uma combinação de aspectos como preferências do consumidor, tecnologia, regulamentação e M&A.
Inclusão e confiança
- Estratégias e oportunidades em duas frentes devem impulsionar a inclusão de consumidores e varejistas (especialmente na África, América Latina e Ásia).
- O foco em soluções de código QR nacionais e de carteiras e dinheiro móvel garantirá o amplo acesso e o baixo custo.
- Os bancos centrais manterão sua função de assegurar a privacidade, a estabilidade e a confiança em novos provedores e métodos de pagamento, bem como no sistema financeiro.
Moedas digitais
- Cerca de 60% dos bancos centrais estão avaliando o uso das moedas digitais e 14% estão realizando testes-pilotos.
- A preocupação dos bancos centrais é que a descentralização das finanças e as criptomoedas privadas possam minar a condução da política monetária.
- A conversão e o armazenamento de criptomoedas fiat (ou fiduciárias) são oportunidades que estão surgindo.
Carteiras digitais
- O uso de pagamentos móveis continuará crescendo de modo constante (o CAGR entre 2019 e 2024 é estimado em 23%).
- A proliferação de super aplicativos, serviços de open bankinge códigos QR impulsionará a adesão à carteira digital.
- Por conveniência, os usuários e o uso serão direcionados para as carteiras digitais como primeiro ponto de contato – deixando de lado as interfaces tradicionais de cartões e bancos.
A batalha dos trilhos de pagamento
- A iniciação do pagamento está migrando de cartões e contas para carteiras digitais que têm suporte no open banking.
- Os reguladores obrigarão a indústria a fortalecer a infraestrutura nacional de pagamentos.
- Os consumidores em mercados emergentes estão migrando diretamente para carteiras móveis e pagamentos baseados em contas, sem passar pela “era do cartão”.
- Tanto as redes de cartões tradicionais quanto as soluções nacionais de carteiras enfrentarão o desafio de conectar os pagamentos em sistema open loopcom os pagamentos internacionais para manter sua relevância.
Pagamentos transnacionais
- Os pagamentos instantâneos e de baixo custo estão provocando a reinvenção dos pagamentos transnacionais.
- A padronização global dos pagamentos permitirá a conectividade internacional de soluções instantâneas nacionais.
- Surgirão soluções regionais (especialmente na Ásia) e soluções não bancárias globais baseadas em criptomoedas e carteiras digitais.
Crime financeiro
- Após a adoção cada vez maior do open bankinge dos pagamentos instantâneos e alternativos por consumidores e empresas, crescem as organizações de “fraude como serviço”.
- Em nossa pesquisa, os riscos de segurança, conformidade e privacidade de dados foram as maiores preocupações de bancos e fintechs.
- Com a sofisticação do crime financeiro, os provedores terão que proteger todo o seu ecossistema.
Implicações para as empresas de pagamentos
Além disso, o estudo apontou que entender essas tendências e as mudanças que vem acontecendo na forma de pagamento estão sendo cruciais para os bancos, empresas que trabalham com meios de pagamento, fintechs e outros players.
Para a PwC, os bancos precisam trabalhar com os clientes corporativos para ajudá-los a integrar os pagamentos diretamente com seus serviços, o que os ajudará a lidar com um mundo no qual as carteiras e os super aplicativos digitais multifuncionais se proliferam.
Os processadores de cartões estão avaliando as mudanças para se posicionar de forma mais eficaz para a iniciação de pagamentos, como fazendo parcerias com fornecedores de carteiras digitais, o que pode garantir sua no ambiente de serviços para varejistas.
Fonte: FDR.COM.BR