O governo avalia mudanças no seguro-desemprego como parte do pacote de corte de gastos para conter o crescimento das despesas obrigatórias.

O pagamento do benefício é um dos maiores gastos no Orçamento, atrás da Previdência Social e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Por isso o governo estuda uma medida para alterar sua regra.

Como é hoje

Pela legislação atual, quando um trabalhador é demitido sem justa causa ele pode solicitar o seguro-desemprego, pago pelo governo federal.

O atual valor do seguro-desemprego varia de um salário mínimo (hoje R$ 1.412) até R$ 2.313,74, a depender do tempo de serviço e do salário anterior.

Hoje, têm direito, quem tiver sido dispensado sem justa causa e estiver desempregado, quando do requerimento do benefício; Ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica (inscrita no CEI) relativos a:

  • pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação;
  • pelo menos 9 meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da segunda solicitação; e
  • cada um dos 6 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais solicitações;
  • Não possuir renda própria para o seu sustento e de sua família;
  • Não estiver recebendo benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.

O que pode mudar

Uma das ideias discutidas no governo é apertar mais as regras de quem tem acesso ao benefício, limitar o número de parcelas — que variam entre três e cinco pagamentos —, de acordo com o tempo de serviço.

Além disso, apenas pessoas que recebem até dois salários mínimos teriam direito ao seguro-desemprego.

Fonte: Jornal O Globo
25 de novembro de 2024