Sindicalistas consideraram positivo o encontro da quarta (21), em Brasília, entre Força Sindical, UGT, Nova Central, CSB e o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Na pauta, os possíveis vetos ao texto da reforma trabalhista, caso aprovada no Senado sem alterações.
A Agência Sindical ouviu o secretário de Organização Políticas Sindicais da UGT, Chiquinho Pereira, e o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna). De acordo com Juruna, “a ideia é seguir o diálogo, sem abrir mão das mobilizações nas bases e da pressão junto aos senadores”.
Dirigentes das Centrais reunidos com ministro Ronaldo Nogueira
Segundo Chiquinho, o titular do Trabalho se comprometeu a intermediar, junto a Temer, medidas que amenizem efeitos nocivos da reforma. “O ministro se mostrou sensível, principalmente ante temas como o negociado sobre o legislado, trabalho intermitente, trabalho insalubre de grávidas, homologações nas empresas e outros itens”, afirma.
Para o ugetista, não se pode fazer reformas dessa magnitude sem ampla discussão. “O governo quer aprovar de qualquer maneira as reformas. E nós queremos debater. Mas sem imposições. Tem de haver uma discussão mais responsável, porque isso mexe com toda a população”, alerta.
Chiquinho, que também preside o Sindicato dos Padeiros de São Paulo, enfatiza que a reunião foi mais um gesto para tentar reduzir o impacto do PLC 38/17. Ele confirma a informação de Ricardo Patah, presidente da UGT, da possibilidade de reunião com Temer nas próximas semanas. “A luta segue. A decisão na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) indica que senadores começam a entender o prejuízo da reforma aos trabalhadores. Vamos manter a mobilização”.
Resposta – Juruna informa que o ministro Nogueira deve enviar às Centrais um conjunto de propostas relativas à reforma, resgatando conversas anteriores à votação do relatório nas Comissões.
Fonte: Agencia Sindical