A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta terça-feira (18) que revisou de R$ 154,2 bilhões para R$ 161,2 bilhões o déficit primário do governo em 2016.
O ajuste foi necessário, segundo o governo, porque o Tesouro mudou a forma de incluir no orçamento as despesas com o programa de Financiamento Estudantil (Fies). Com isso, o governo revisará todos os resultados desde 2010.
O déficit é registrado quando a despesa do governo é maior do que a receita com impostos. Quando se trata de um déficit primário, a conta não inclui os gastos com o pagamento de juros da dívida pública.
Como as despesas com o Fies passarão a integrar a categoria de gastos primários, haverá, assim, impacto direto no resultado das contas públicas.
Sobre o resultado de 2016, o governo incluiu R$ 7 bilhões em despesas com o Fies. Somente nos três primeiros meses deste ano, os gastos com o programa somaram R$ 1,4 bilhão.
Ao incluir os gastos com o Fies como despesa primária em 2016, o Tesouro Nacional elevará a previsão de despesas para 2017.
Teto de gastos
Também nesta terça, o Tesouro informou que o teto dos gastos públicos previsto para este ano passou de R$ 1,301 trilhão para R$ 1,309 trilhão.
Segundo o coordenador-geral de Estudos Econômico-Fiscais do Tesouro, Felipe Bardella, o ajuste ocorreu também por conta da mudança na forma de incluir as despesas com o Fies no Orçamento.
Fonte: g1.com