Taxa fica estável em 18 unidades da Federação e cai apenas no Amapá, aponta instituto
Oito estados seguiram o movimento da média nacional e registraram aumento da taxa de desemprego na passagem do quarto trimestre de 2023 para o primeiro de 2024. É o indicam dados divulgados nesta sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O indicador teve alta estatisticamente significativa nos seguintes locais: Acre (de 6,7% para 8,9%), Bahia (de 12,7% para 14%), Maranhão (de 7,1% para 8,4%), Mato Grosso do Sul (de 4% para 5%), Minas Gerais (de 5,7% para 6,3%), Rio Grande do Sul (de 5,2% para 5,8%), Santa Catarina (de 3,2% para 3,8%) e São Paulo (de 6,9% para 7,4%).
Na média nacional, o desemprego avançou a 7,9% no primeiro trimestre de 2024, após marcar 7,4% nos três meses finais do ano passado. O dado brasileiro já havia sido divulgado pelo IBGE no dia 30 de abril.
Em 18 unidades da Federação, a taxa ficou relativamente estável no primeiro trimestre, sem variações significativas em termos estatísticos, de acordo com os critérios utilizados pelo IBGE.
O instituto afirmou que o Amapá foi o único estado com queda no indicador (de 14,2% para 10,9%). Ainda assim, o desemprego do estado (10,9%) é o terceiro maior do país, atrás apenas dos resultados de Bahia (14%) e Pernambuco (12,4%).
“A maior parte das UFs mostrou tendência de crescimento, embora apenas oito com crescimento estatisticamente significativo. A única exceção foi o Amapá. Nas demais 18 UFs, a taxa ficou estável”, disse em nota Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostras de domicílios do IBGE.
Em entrevista a jornalistas, ela repetiu a explicação dada em abril para analisar o aumento do desemprego no Brasil. A pesquisadora do IBGE lembrou que a desocupação costuma subir no primeiro trimestre com a retomada da procura por trabalho e o término de vagas temporárias.
De acordo com a técnica, esses fatores também ajudam a entender o avanço ou a tendência de alta nos estados. “Temos movimentos que já são conhecidos. Neste ano, a gente identificou esses movimentos setoriais”, afirmou Beringuy.
Apesar da subida, a taxa de desemprego de 7,9% é a menor para o Brasil no período de janeiro a março desde 2014. No primeiro trimestre de 2024, o número de desempregados foi estimado em 8,6 milhões.
Entre as unidades da Federação, as menores taxas foram as de Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%).
No Brasil, o índice de desocupação foi de 6,5% para os homens no primeiro trimestre. É um patamar menor do que os 9,8% das mulheres.
No recorte de cor ou raça, a taxa ficou abaixo da média nacional (7,9%) para os brancos (6,2%) e acima para os pretos (9,7%) e os pardos (9,1%).
Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O levantamento contempla tanto atividades formais quanto informais –desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.
TAXA DE DESEMPREGO NO 1º TRIMESTRE DE 2024
UF | Em % | Situação |
Bahia | 14 | Em alta |
Pernambuco | 12,4 | Estável |
Amapá | 10,9 | Em queda |
Rio de Janeiro | 10,3 | Estável |
Sergipe | 10 | Estável |
Piauí | 10 | Estável |
Alagoas | 9,9 | Estável |
Paraíba | 9,9 | Estável |
Amazonas | 9,8 | Estável |
Rio Grande do Norte | 9,6 | Estável |
Distrito Federal | 9,5 | Estável |
Acre | 8,9 | Em alta |
Ceará | 8,6 | Estável |
Pará | 8,5 | Estável |
Maranhão | 8,4 | Em alta |
Roraima | 7,6 | Estável |
São Paulo | 7,4 | Em alta |
Minas Gerais | 6,3 | Em alta |
Goiás | 6,1 | Estável |
Tocantins | 6 | Estável |
Espírito Santo | 5,9 | Estável |
Rio Grande do Sul | 5,8 | Em alta |
Mato Grosso do Sul | 5 | Em alta |
Paraná | 4,8 | Estável |
Santa Catarina | 3,8 | Em alta |
Mato Grosso | 3,7 | Estável |
Rondônia | 3,7 | Estável |
Fonte: Jornal Folha de S.Paulo
17 de maio de 2024