6 dicas para melhorar a saúde dos trabalhadores
Cuidar da saúde de seus funcionários precisa ser uma preocupação constante de todas as empresas, independente do porte ou segmento. Aquelas de maior sucesso no mundo têm esse como um de seus pilares estratégicos, com ações voltadas apenas para garantir o bem-estar dos funcionários.
Isso não é feito apenas por questões humanitárias, mas porque tem um impacto direto nos resultados do negócio. Aumento da produtividade, diminuição do absenteísmo, redução nos gastos com planos de saúde e crescimento dos lucros são apenas algumas das vantagens dessa preocupação com a saúde dos empregados.
Se você está pensando em como implantar essas ideias em sua empresa, reunimos seis dicas que podem sem utilizadas por todos e que geram resultados satisfatórios junto aos colaboradores.
1. Comece mudando a cultura organizacional
De nada adianta realizar ações para melhorar a saúde dos colaboradores se a empresa não está, de fato, voltada para isso. Mudar a cultura organizacional exige mexer na estratégia e na mentalidade das pessoas, inserindo o assunto como prioridade nas rodas de conversas e em todos os níveis hierárquicos.
Os gestores, inclusive, exercem papel fundamental na disseminação da nova cultura organizacional. Eles são o espelho para os demais funcionários e, por isso, devem abraçar a causa desde o princípio. Não é um trabalho simples e não ocorre de uma hora para outra, mas, quando bem feito, tem um grande poder de transformação.
As ações que vamos falar a seguir são apenas uma consequência dessa mudança de rumos. Quando a empresa realmente passa a se preocupar com a saúde do trabalhador, a prevenção se torna ordem do dia. Com isso, naturalmente há um incentivo à prática esportiva, às pausas na rotina, à concessão de planos de benefícios e à realização de palestras educativas. Quando a companhia chega a esse ponto, é sinal de que o bem-estar se tornou uma prioridade.
2. Incentive a prática esportiva
O cuidado com a saúde do empregado começa na empresa, mas precisa ser levado para fora dela. A prática de exercícios físicos deixa as pessoas mais produtivas, concentradas e criativas. Para isso, porém, é preciso criar um hábito. Disciplina e regularidade são a chave para que os resultados comecem a aparecer e, para isso, a companhia pode realizar uma série de incentivos – seja com descontos em academias parceiras ou mesmo com programas de ginástica laboral.
Esta última, inclusive, é uma ótima maneira de tirar os funcionários do sedentarismo sem precisar forçá-los. Com a prática de atividades dentro do ambiente da empresa, durante o expediente, há um maior engajamento e uma melhoraria na disposição para o trabalho. E, para ser mais eficiente, o acompanhamento de um profissional de Educação Física capacitado é fundamental, pois ele orientará sobre as melhores práticas e ajuda a estimular os praticantes.
3. Benefícios da ginástica laboral
Preocupar-se com a saúde dos funcionários vai além de incentivar que eles realizem atividades físicas. A empresa também deve fazer sua parte, cuidando para que o ambiente de trabalho seja o mais adaptado possível às características de cada empregado e das atividades realizadas. As condições gerais de trabalho – como iluminação, nível de ruídos e temperatura –, são os principais responsáveis por afetar a saúde dos funcionários e precisam ser controlados.
Nesse caso, as ações voltadas para melhoria da ergonomia são o que proporcionará a prevenção. O objetivo é tornar os procedimentos de controle e de regulação das condições de trabalho cada vez mais eficientes, eliminando riscos que afetam a saúde do trabalhador e minimizando as despesas com possíveis indenizações.
4. Proporcione momentos de pausas
Trabalho em excesso prejudica tanto a saúde física quanto mental dos funcionários. Com isso em mente, as empresas precisam incentivar pausas estratégicas ao longo do dia – seja para beber uma água, ir ao banheiro ou mesmo esticar as pernas na sala ao lado. Pode parecer uma distração boba, mas se preocupar demais com os assuntos de trabalho pode ser prejudicial.
Dores pelo corpo, disfunções e até mesmo problemas respiratórios são apenas alguns dos problemas que podem surgir se cuidados básicos não forem tomados. Em casos mais graves, a pessoa pode desenvolver um transtorno mental, ter uma crise de Burnout e pode até mesmo morrer.
5. Estabeleça horários flexíveis
Uma das maiores reclamações dos trabalhadores são os horários engessados. Isso fica ainda mais claro na pesquisa feita pela Robert Half International, que entrevistou mais de 2 mil pessoas na América do Norte – 1,5 mil trabalhadores e 600 gerentes de RH. O estudo mostrou que há uma disparidade entre os benefícios oferecidos e aqueles que os funcionários querem receber. Encabeçando a lista, com 88% dos votos, está uma jornada de trabalho flexível.
Essa é uma nova forma de pensar o trabalho, que precisa começar a ser revisto urgentemente. O modelo tradicional das 8h às 17h não atende mais às necessidades atuais, pois cada vez mais as pessoas valorizam a possibilidade de criar seu próprio horário. Isso envolve, inclusive, repensar a carga horária semanal. Um exemplo disso é a Suíça. De acordo com um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país possui uma das populações mais felizes do mundo e a jornada de trabalho é um fator decisivo, já que não costuma passar das 35 horas semanais.
6. Lembre-se do lado emocional
A saúde mental dos trabalhadores será o grande desafio a ser enfrentado neste início de século. Para se ter uma ideia, transtornos mentais e comportamentais foram a terceira maior responsável por afastamentos no Brasil entre 2012 e 2016, com mais de 17 mil casos de auxílio-doença nos quatro anos avaliados pelo Boletim Quadrimestral sobre Benefícios por Incapacidade. Além disso, a Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE) colocou o Brasil na 26ª posição – de 38 países avaliados – do ranking de equilíbrio vida-trabalho, que mede a relação entre o tempo dedicado ao trabalho e ao lazer. E motivos para isso não faltam.
A revolução tecnológica e as sucessivas crises econômicas mundiais e nacionais mudaram as relações de trabalho, com jornadas exaustivas, metas impossíveis de alcançar e a constante necessidade de ser multitarefa. Todos esses são fatores que levam ao colapso mental dos trabalhadores e precisam ser combatidos pelas empresas.
Estruture sua empresa
Para mudar uma cultura organizacional, é preciso ter bases sólidas. Pensar no bem-estar de quem trabalha com você não é apenas uma questão de valorização do outro, mas também de melhoria dos indicadores da empresa. Produtividade e qualidade dos serviços são apenas alguns dos ganhos.
Fonte: Ocupacional.com